Onze coisas que todo profissional precisa saber para crescer e ser feliz

Flavia Gamonar
Professora, Doutoranda em Mídia e Tecnologia,
Co-fundadora  da Content Review Brand Yourself

Ontem estava montando o programa de uma disciplina que darei em um MBA de uma faculdade e me peguei diante de um desafio. Preparar o conteúdo que eu abordaria em uma disciplina de Gestão de Carreira e Desenvolvimento Profissional a princípio me pareceu fácil, talvez mais do mesmo funcionasse. Mas logo notei que falar sobre carreira nos dias de hoje precisava ir muito além do clichê que até então foi pregado durante anos.

Então, passei a tarde toda revisando livros que pudessem trazer temas interessantes e mais modernos para essa disciplina. E inspirada nisso trago dicas que são essenciais para qualquer profissional, de qualquer segmento.

1. É preciso gerenciar sua carreira

Por muito tempo eu achei que bastava conseguir um emprego e deixar a vida me levar. Que a vida era daquele jeito mesmo. Que o que tivesse que acontecer, aconteceria. Que promoções, conquistas e reviravoltas só aconteciam com gente sortuda. Logo que perdi o emprego depois de ficar 4 anos em uma empresa e amargar seis meses me sentindo inútil e sem dinheiro, percebi que eu precisaria cuidar ainda mais do meu futuro profissional. Eu preciso dizer que até então eu não era relapsa não. Sempre fui atrás, batalhei, me arrisquei. Tanto é que naquela empresa passei por 4 cargos, todos conquistados com minha dedicação. Mas a experiência do desemprego me ensinou ainda mais.

Naquela empresa eu fazia questão de dar o meu melhor, mesmo quando vivia situações difíceis e injustas. Eu me lembro que poucos meses depois que havia entrado para uma área nova na empresa, depois de um processo seletivo, comecei a me interessar para o próximo nível que eu poderia ir. Poderia parecer muita pretensão, mas eu não podia ficar parada. Assim que vi um curso que me capacitaria para aquele nível, não tive dúvidas. Negociei com meu chefe uma ausência de uma semana do trabalho para poder fazer o curso. Em troca, eu trabalharia do escritório da capital para poder fazer o curso a noite, e ele seria pago do meu bolso. Apesar do meu chefe deixar, ele me disse que era cedo demais pra eu pensar em estudar aquilo, que havia um longo caminho para viver até que conseguisse ser promovida de novo. Fiz o curso. Poucos meses depois uma pessoa pediu demissão, mas os projetos que ela tocava não podiam ficar à deriva. Como eu estava preparada, consegui aquela vaga. Se eu tivesse escutado que era muita petulância de minha parte e não feito o curso, ela não teria sido minha.

Depois de passar seis meses sem emprego e conseguir outro, intensifiquei a gestão de minha carreira. Mas o que significa isso? Gerenciar sua carreira significa ter planejamento, tomar uma série de decisões mirando um futuro profissional e se preparando para alcançá-lo. Isso inclui dizer alguns nãos e alguns sins. E até dar um passo atrás em alguns momentos. Isso envolve foco, renúncias, dedicação e desenvolvimento de novas competências, mas o resultado vem. Apenas acordar e ir viver a vida sem planejar nada, dificilmente o fará ir para níveis maiores.

Com um mercado que cada vez é mais competitivo, não dá pra ser mais um profissional. Uma carreira é um processo que leva um certo tempo para se estabelecer. E esse processo inclui acertar e errar, porque é o que trará maturidade.

2. É preciso se conhecer bem

Entender quais são seus pontos fortes e fracos é essencial. Não dá para achar que é perfeito em tudo e que está bom assim. Mesmo em situações nas quais parece que fomos vítimas de uma injustiça ou que a culpa era do outro, pode existir sim uma parcela que é nossa, algo que possamos melhorar. E quase sempre existem coisas que a gente mesmo não percebe, mas que nos atrapalham de avançar. Ouvir o outro é bem importante, é preciso se permitir. Ao mesmo tempo é preciso ser cuidadoso, porque algumas vezes você estará cercado de gente que só quer o seu mal, ainda mais em ambientes competitivos. Reconhecer os pontos fracos e trabalhar para melhorá-los é a resposta.

3. O mercado de trabalho mudou muito

Se você fazia um curso e precisaria trabalhar naquela área para sempre, hoje as coisas mudaram bastante. É possível ter feito graduação em uma área, mas depois direcionar a carreira para aos poucos trabalhar em outra. É possível fazer misturas. Quer um exemplo? Uma profissão nova é a de growth hacker, e inclui a necessidade de saber sobre programação, vendas e marketing. Quem diria que um dia essas áreas se mesclariam assim? Isso acontecerá o tempo todo, nem sempre haverá um curso que vai preparar você para algo específico. Algumas demandas você mesmo poderá identificar ou até sugerir. Estamos diante de um consumidor que tem acesso a muita informação, que pode escolher e que tem necessidades que podem ser supridas por novos produtos e serviços que você aí pode criar.

4. Você precisará tomar decisões de carreira que serão difíceis

E tomar decisões não é fácil. Significará ser estratégico e avaliar até mesmo quando uma promoção que parece uma super oportunidade é na verdade uma armadilha que o tirará do jogo em seguida. E, ainda, que talvez até mesmo a saída do jogo pode ter sido benéfica ao ter se arriscado, porque ela trouxe um novo olhar e uma nova postura. Algumas vezes você precisará renunciar coisas que lhe dão conforto e comodidade se estiver em fase de plantar pra depois colher.

5. Ser um líder será melhor que ser um chefe

Pode parecer mentira, mas em 2017 as empresas ainda estão cheias de gente carrasca comandando. Sem visão, cheias de intrigas, que gostam de mandar e até humilhar. Chefes que não inspiram, que obrigam, que ficam de cima, que não dão autonomia, que não deixam crescer. Lidar com pessoas é sempre um desafio, mas cada vez mais precisaremos trabalhar essa competência. Promover um ambiente gentil, colaborativo, que não estimula competições que causarão intrigas é o caminho. A equipe só vai colaborar com o coração se tiver alguém inspirador unindo esses pontos. A época do chicote foi embora faz muito tempo e muita gente já não aceita trabalhar pensando apenas em salário.

6. Você não pode anular sua vida pessoal

Em minha vida profissional conheci muita gente que só vivia para trabalhar. Fazia hora extra, deixava amigos e parentes, vivia bajulando o chefe. Tudo que importava era ter aquele título de cargo e conseguir promoções.

Eu confesso que por muito tempo também me apeguei ao nome do meu cargo e ao lugar que trabalhava, tantas vezes fiz coisas no fim de semana para impressionar na segunda-feira e depois ficava frustrada por ninguém ter valorizado. Quando perdi o emprego e fiquei sem nada, quando aquele título não era mais meu, percebi o grande problema que havia criado pra mim mesma. Havia perdido muitos momentos com amigos e família e me sentia péssima por não ser mais nada do dia para a noite. Lembre-se que seu trabalho é uma parte de sua vida, não o todo. Separe momentos para ter sua vida pessoal preservada.

7. Você precisa fazer marketing pessoal

Muita gente associa a palavra marketing a algo forjado, a enganar o outro. E aí quando você fala em marketing pessoal, pode soar pior ainda. Mas a verdade é que você precisa se preocupar com isso. Quantas pessoas do seu Facebook nunca fizeram um post que de alguma forma mencionasse o que elas fazem profissionalmente e como isso afastou oportunidades de negócios? Quanta gente não se preocupa com a forma como é visto profissionalmente, que nunca faz um curso ou lê um livro para se atualizar. Que tem um currículo super mal feito, que tem vergonha de comentar sobre seu trabalho. Em um mercado tão competitivo, se você não fizer marketing pessoal não será visto. Como eu fiz isso? Desde 2015 escrevo artigos como este, que permitiram as pessoas me conhecerem além do meu currículo. Funcionaram como uma vitrine viva sobre meu trabalho e quem sou. E faço questão de compartilhar sempre que estou diante de um momento profissional importante que posso divulgar, seja no Linkedin ou no Facebook. Isso ajuda a atrair outras oportunidades.

8. Você não pode abrir mão de valores pessoais

Às vezes você ficará diante de tentações que o farão querer ser quem você nunca foi em nome de poder, status ou dinheiro. Só que isso poderá, a médio prazo, lhe trazer muito mais problemas do que benefícios. E, ainda que não tragam, é preciso avaliar continuamente o que lhe convém aceitar ou não. Algumas coisas são boas apenas no início, mas depois o colocam em situações difíceis e sem volta.

9. Você não necessariamente precisa de um emprego

Muita gente ainda está presa a certos formatos de trabalho e acha que apenas um emprego de carteira assinada é o certo, que trabalhar das 8h às 18h é o esperado. Não é bem assim. Eu hoje sou empreendedora, não tenho carteira assinada. Mas consigo ajustar minhas horas para ter flexibilidade e poder cursar meu doutorado, viajar para dar cursos e viver minha vida pessoal. Permita-se coisas novas, você pode empreender. Sempre há algo em que você é bom e que pode virar um produto ou serviço.

Aliás, aproveito para lembrar algo: mesmo no Linkedin um emprego não vai bater à sua porta como muitos pensam. É preciso ser ativo, mostrar-se ao mercado. Apenas implorar para que as pessoas compartilhem seu perfil não é a saída. Participe de grupos, comente de forma relevante sobre assuntos que você entende, escreva artigos compartilhando o que você sabe.

10. Você precisa se comunicar melhor

Seja ao escrever um e-mail sucinto e certeiro, seja ao falar com sua equipe e alinhar demandas, seja ao fazer apresentações em público, dar aulas ou palestras. Uma comunicação clara e eficiente é essencial. Quantas reuniões de uma hora poderiam ser resolvidas em dez minutos, mas as pessoas estão acostumadas que precisa ser daquele velho jeito de fazer? Quantas palestras poderiam ter vinte minutos e impactar, mas o forçam a fazer em uma hora e meia e cansar seu público? É preciso inovar, se permitir.

11. Você precisa se permitir inovar

Quanta coisa ainda é tão retrógrada e ninguém se dá conta. Por exemplo, porque é que para ser um bom profissional precisamos estar vestidos de forma tão social? Porque homens não poderiam trabalhar de bermuda se mulheres podem usar vestido? Porque um assunto precisa passar por milhares de processos burocráticos para ser resolvido? A inovação não precisa ser um estardalhaço, um reinventar a roda. Ela pode estar presente no dia-a-dia, nas pequenas coisas que você melhora e permite acontecer de um modo diferente.

Ases Consultoria

Ases” é como denominamos aqueles indivíduos que se sobressaem em um determinado grupo de pessoas, quer seja pelo que fazem, quer seja pelo que sabem. Como exemplo podemos citar várias expressões onde esta figura é utilizada e que envolvem o esporte, como um “ás do automobilismo”, o conhecimento, como um “ás da matemática”, ou a profissão, como neste nosso caso.

As pessoas que estão aqui reunidas se apresentam como “Ases” porque adquiriram por experiência própria uma condição de excelência em suas áreas e chegaram à conclusão lógica acerca da viabilidade de unir forças para prestar atendimento àqueles que precisarem de seus conhecimentos.

E a melhor maneira de colocar isso em prática seria através da prestação de Serviços de Consultoria.

Uma das definições básicas de Consultoria é que se trata de um tipo de prestação de serviços em que um profissional qualificado e conhecedor de determinado assunto oferece seus préstimos ao mercado, realizando diagnósticos e elaborando processos com o propósito de levantar as necessidades do cliente, identificar soluções e recomendar ações. Uma vez levantadas essas informações, o consultor desenvolve, implanta e viabiliza um projeto de acordo com a necessidade específica de cada cliente.

Assim, quando solicitada uma Consultoria, seja por meio de aconselhamento ou sugestões de melhorias, sempre tendo por base um firme e estruturado conhecimento, o consultor tem a plena capacidade de analisar e propor a implantação de soluções para um conjunto de problemas apresentados pelos seus clientes. É um trabalho desenvolvido através da capacidade intelectual do consultor, e, por isso mesmo, é uma prestação de serviço intangível em sua essência. Entretanto esse mesmo serviço pode se “materializar” na forma de relatórios, estudos, pareceres e até mesmo através do desenvolvimento de softwares específicos – tudo para contribuir de forma real para a solução dos problemas que lhe forem apresentados.

Ou seja, é um especialista tratando de sua especialidade…

É um ÁS.